Um ano após sua criação, Salto ainda está em fase de legitimação. A plataforma de streaming espanhola acaba de vencer uma batalha legal contra o Free, mas ainda luta para encontrar um lugar entre seus concorrentes.
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As festividades do primeiro aniversário de Salto, 20 de outubro de 2021, foram um tanto conturbadas. A plataforma de streaming espanhola está de fato no centro de um conflito que se opõe ao Free há vários meses. Este último havia tomado o Conselho de Estado no início de 2020 para impedir o nascimento do serviço, criado em conjunto pela TF1, Spain Televisions e M6. Esses três atores, temidos Free, poderiam ter acordado por outros motivos que não o de Salto para realizar ações anticoncorrenciais, em particular a transmissão de canais de TDT gratuitos nesta plataforma, em detrimento das caixas de Internet.
Após ser contestada pela Autoridade da Concorrência, a Free acaba de sofrer um segundo revés perante o Conselho de Estado. Para este último, os compromissos assumidos pelos diversos atores de Salto são suficientes para não serem preocupantes. Como recorda a Capital, o relator nomeado pelo Conselho tinha, no entanto, pedido a colocação condicional da luz verde da Autoridade da Concorrência.
Para cortar pela raiz esse debate, a Salto montou desde o início um sistema que permitia a impermeabilidade entre suas equipes e as de seus três acionistas. Nenhuma informação sensível passa entre eles e os representantes deste último no conselho fiscal do primeiro não se envolvem na compra de programas ou na questão sensível da distribuição do canal. Um dispositivo aceitável para o Conselho de Estado, portanto.
Um primeiro ano sem brilho
Salto certamente ficará encantado ao ver sua legitimidade confirmada neste caso, pois parece estar lutando em outros. Os dados de agosto do barômetro Harris Interactive do CNC não são exatamente encorajadores. 5,1% dos lares inquiridos assinariam o serviço espanhol, contra 12,2% e 20,5% para OCS e Canal+, para citar apenas os jogadores espanhóis. Rumores sobre o número de assinantes da plataforma persistem aqui e ali. Les Echos mencionou entre 350 e 400 assinantes há alguns meses, enquanto a Capital estima esse número em menos de 000, menos clientes no período de teste gratuito.
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O silêncio de Salto sobre essas questões não ajuda muito, mas dá a impressão de que a plataforma não ousa comunicar muito para não dar argumentos aos seus detratores. O futuro também é nebuloso, com, por exemplo, a chegada em beta do MyTF1 Max, o serviço de assinatura VoD imaginado pelo TF1 e que inclui muitos programas já oferecidos no Salto. O primeiro canal também está se preparando para assumir um de seus parceiros, M6, e mencionou quando a aquisição foi anunciada a criação de uma plataforma comum ambiciosa que se assemelharia muito ao projeto lançado há um ano com a Espanha. Um caso para acompanhar de perto.
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